sexta-feira, 22 de maio de 2009

O começo - parte 2.




Bem, antes de falar como a gatinha número 2 entrou para essa família, preciso retomar um pouco a estória do ano de 2008. Aqui é a Nati, a super heroína dos bichos, segundo a Lili. Um pouco de exagero, mas se pergurtarem à minha sobrinha Rafaela, de 3 anos, quem é a heroína da chácara Recanto do Lago, em São José dos Pinhais, onde vivem meu pai, meu irmão, minha cunhada e a fofa da Rafaela, além de dezenas de espécies animais, ela vai mesmo dizer que a heroína sou eu. Isso porque já resgatei cachorros, gatos, jacus (galinha do mato), coelho (um só mesmo, em um estacionamento de um supermercado), ovelha se afogando, ovelha rejeitada pela mãe, filhotes de passarinho que caíram no lago, etc, mas essas são histórias para outros posts (preciso fazer homenagem a alguns deles), e a Rafaela fica mesmo impressionada, afinal ela só tem 3 anos (e já participa das aventuras comigo, uma gracinha)... Mas deixa eu contar sobre a formação dessa família atual. Eu estava morando na chácara e mudei para Londrina para cursar pós graduação em fotografia. O apartamento em que eu vivia era uma quitinete minúscula. O meu desejo era adotar uma gatinha filhote para me fazer companhia. Nos primeiros dias perguntei a algumas pessoas se sabiam de alguém que estivesse doando gatinhos. Ninguém sabia. Fui ao hospital veterinário da UEL (Universidade Estadual de Londrina) e lá também não havia gatos para adoção. Não sabia ainda o que me aguardava. O Miguel, todo estrupiado. Como a Lili contou no post anterior, ele estava muito machucado no estacionamento do prédio onde morávamos. Corremos com ele para o hospital, registrei como Pantera (não deu tempo para olhar se era menino ou menina) e o pobre lá ficou por 10 dias. Nessa altura do campeonato eu já sabia que era macho, dei o nome de Valentin, e foi aí que começou meu desespero. Não vou mentir. O gato estava todo ferrado e eu sem grana. A cada visita eu ficava sabendo de mais gastos com remédios, exames, internação e o desespero aumentava. Eu queria uma fêmea nenê e saudável, lembram? e me aparece um macho enorme todo machucado. Os veterinários acreditam que ele levou uma paulada e como consequência ficou cego dos dois olhos (a parte do cérebro responsável pela visão é que foi afetada), não sentia cheiro nenhum (como comeria?) e ainda precisaria fazer uma cirurgia no maxilar (além de uma fratura, os dentes ficaram super tortos. Um dos caninos estava perfurando o céu da boca). Eu não queria esse gato. Fato. Mas ele caiu de pára-quedas na minha vida e sabia que teria que cuidar dele como ele merecia (e quem ia querer adotá-lo?). Não havia outra alternativa. Além do mais, o danado quando ouvia minha voz se derretia todo. Ele sabe que fui eu quem o levei até o veterinário e aliviei um pouco a dor que ele estava sentindo. A cada visita ele era trazido por um veterinário, outro segurando o soro e o colocavam no meu colo. O sem-vergonha ficava quietinho, prestando atenção nas coisas que eu conversava com ele (a história de amor dele comigo começou aí, a minha com ele começaria em alguns dias). E a segunda gata, perguntam vocês, como foi? Eu respondo: em uma dessas visitas, uma veterinária que sacou que eu tenho coração de mamão perguntou se eu queria uma gatinha fêmea que foi abandonada no estacionamento do hospital naquela manhã. Aiiii, uma gatinha fêmea, nenê! Eu quero, eu quero. Não disse isso, ainda, disse: posso dar uma olhada nela? Claro, ela disse. Saiu e voltou com um tico de gato enrolado num paninho branco. Peguei no colo, cheirei o pescocinho (o mais cheiroso do mundo eu garanto), olhei para os seus olhinhos azuis e me apaixonei. Quero, quero, quero! Aí ela me disse: então..., ela estava aqui no estacionamento, dentro de uma caixinha e quando a pegamos vimos que ela tem um machucado na perna. O tal machucado tomava a perninha dela inteira, dava para ver o músculo!!!! Ela estava sendo medicada, fazendo curativo, etc, e a veterinária me passou todas as recomendações. Na hora nem percebi a gravidade do negócio e fui para casa com o coração aos pulos, segurando meu nenê nas mãos. Cheguei no prédio fui direto para o apartamento da Lili, toquei a campainha e quando ela atendeu, mostrei a gatinha linda e a Lili também ficou encantada. Resumindo a história, a Sara (esse é o nome dela) ficou em tratamento por semanas e enfim o machucado da perna fechou. Desenvolveu algumas infecções urinárias e teve fungo, o que a fez perder pêlos em algumas regiões. O rabo estava quebrado e caiu um pedaço. Em um raio-x decobrimos que ela tinha uma lesão na coluna. Ufa! Muita tragédia para pouco gato!! Mas eu me adiantei um pouco e não contei como foi a vinda do Miguel, até então Valentin, para a minha casa, para a minha vida e para o meu coração. Isso fica para o próximo post. Ah, as fotos... A primeira é recente e as outras duas são de quando ela chegou.


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