sábado, 23 de maio de 2009

Yaya.




Bem... Por onde posso começar? A Saroca está aqui na frente do monitor miando detalhes para que eu não esqueça nada e conte tudo tintim por tintim. Sara: "Se liga mãe! Não esquece de nada, tá ligada mãe?!" Essa frase seria a melhor forma de expressar os miadinhos um tanto quanto invocados de dona Sara. (5 minutos depois) Agora com melhor visualização do monitor posso iniciar a estória.

Como vocês já leram aí embaixo a Sara chegou graças ao dengosissímo Miguelito (ultimamente tenho estado mais apaixonada pelo Miguel que de costume). E ela, coitada, também chegou tão estrupiada que foi preciso juntar minha conta negativa do banco com a contada negativa da Nati para termos um saldo de menos nenhum dinheiro para tentarmos curar ela aos favores do Hospital Veterinário. Um belo dia descobrimos que não bastava ter uma enorme bicheira na perna e no rabo, infecção urinária como também um baita fungo que estava destruindo todos os seus pelinhos. Então, fomos, eu (medrosa-desajeitada-ajudante) com a Super Nati, em busca do tal remédio para curar esse maldito fungo. Andamos um bocado para, finalmente, acharmos o remédio em um petshop. Ao entrar, vimos um monte de bichos para adoção. Cada cachorro mais lindo que o outro. Eu e a Nati ficamos lá "babando" e cogitando a possibilidade de ter um dog qualquer dia. Só que a situação estava tão preta, tão preta financeiramente que um dog àquela altura do campeonato era praticamente um pesadelo. Eis que em meio a latidos e rosnadas em uma das " gaiolas" (pra mim é o que aqueles "depósitos" de bichos são) encontrava-se uma caixinha de papelão e uma bolinha de pêlo com olhos mais azuis do que qualquer pintura do Franz Post. Na caixa tinha um etiquetinha com o valor de 100 reais. Os olhinhos azuis estavam tão amedrontados que dava dó de ver. E a Yasmin era tão linda, mas tão linda que até cheguei a cogitar a possibilidade de negociar o preço dela. A Nati viu e ficou louca (ela é um tantinho assim mais ensandecida por bichos do que eu). Pedimos pra pegar ela no colo. Nunca vou me esquecer daqueles olhinhos com um ar de felicadade por sair daquela gaiolinha tenebrosa. Ficamos eu e a Nati abobadas com tanta beleza. Colocamos ela de volta para pagar o remédio pra Sara. Era de partir o coração ver aquele bêbe chorar dentro da caixinha. Quando fomos ao caixa Nati falou: "Aquela gatinha é tão linda, pena que é tão cara.". A moça do petshop falou: "Estamos doando. Você não quer?" Eu e a Nati abrimos aquele sorriso! Como assim ela está sendo doada?! Linda daquele jeito era pra valer um milhão! A moça respondeu: " o dono está doando porque é mistura de persa com siamês. E isso não é vendável pra ele.". Ficamos tão felizes! Corremos pra lá e olhamos para ela. Estava triste miando, pedindo pra sair. Paramos um instante e pensamos nas dificuldades que estávamos já com dois gatos lascados. Será que mais um não seria muito mais gasto? Todavia, não teve jeito. O coração falou mais alto, pegamos ela no colo e resolvemos trazer para nossas vidas mais uma bolinha de pêlo. E vou falar para vocês: não me arrependo. Jamais vou esquecer minhas noites com a Yasmin (nome decidido logo de primeira) ronronando e se deitanto ao lado de minha cabeça. Hoje, a Yasmin tem 3 apelidos: Principezza, Yayá e Patetinha.

ps: Só para avisar aos alarmados de plantão. Nenhum de nossos filhos jamais passou por necessidade. Apesar da dificuldade sempre foram hiper-super bem tratados.

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